Boca-de-Fogo: Antimíssil (da série Saturação), 2022
Tela, grafite, acrílico e cola
80 x 40 x 20 cm
Tela, grafite, acrílico e cola
80 x 40 x 20 cm
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GALERIA SOLEDADE MALVAR, Famalicão
EXPOSIÇÃO 'SATURAÇÃO'
de inês osório
Jan.- Fev.2023
“Saturação” é o núcleo processual que nos convida a refletir sobre a condição humana nos últimos dois anos.
Propõe-se como ponto-de-situação, uma espécie de testemunho de um tempo anacrónico, num conjunto de interpretações do mundo que sentimos – individual e coletivamente – nesta singular era de mudança global.
A mostra apresenta a público uma série de obras originais que se desenvolvem a partir da perceção das consequências sociais e psicossociais, nos contrastes decorrentes do recente contexto pandémico, no impedimento do contacto físico que nos trouxe a vívida e real necessidade do toque - natural dimensão orgânica da vida... São obras que tentam expressar as sensações decorrentes da drástica alteração de rotinas, bem como de situações-limite agora reforçadas com o desencadear da guerra na Europa, aqui abstratamente representadas em conceitos universais e transversais a ambas as contingências, tais como: cheio/vazio, presença/ausência, silêncio/ruído, construção/desconstrução, fôlego/agonia, diluição/saturação, vida/morte.
Trabalhando em torno deste período em que se faz sentir o pesar de uma certa suspensão, desenvolveram-se diversas abordagens de produção plástica que, na sua génese, partem da dimensão bidimensional da pintura, da liquidez do traço, bem como da materialidade gráfica do desenho para, fisicamente, extrapolarem os seus suportes planos (como o papel ou a tela) ganhando uma outra presença corpórea: subordinados a determinados processos de manipulação, estes suportes bidimensionais revelam-se finalmente em obras de carácter híbrido, num processo de transformação ao encontro da sua possível tridimensionalidade.
A série aqui apresentada encerra, assim, o resultado de um processo de saturação em si mesmo, que se materializa a partir da reiteração de gestos, na sobreposição de camadas que se densificam por acumulação nos processos de exaustão das matérias-primas, explorando-se volumetrias em obras que, conceptual e abstratamente, questionam os limites contemporâneos da nossa realidade – aqui metaforicamente espelhada numa produção artística que vagueia entre o universo da Pintura, da Escultura e do Desenho.
EXPOSIÇÃO 'SATURAÇÃO'
de inês osório
Jan.- Fev.2023
“Saturação” é o núcleo processual que nos convida a refletir sobre a condição humana nos últimos dois anos.
Propõe-se como ponto-de-situação, uma espécie de testemunho de um tempo anacrónico, num conjunto de interpretações do mundo que sentimos – individual e coletivamente – nesta singular era de mudança global.
A mostra apresenta a público uma série de obras originais que se desenvolvem a partir da perceção das consequências sociais e psicossociais, nos contrastes decorrentes do recente contexto pandémico, no impedimento do contacto físico que nos trouxe a vívida e real necessidade do toque - natural dimensão orgânica da vida... São obras que tentam expressar as sensações decorrentes da drástica alteração de rotinas, bem como de situações-limite agora reforçadas com o desencadear da guerra na Europa, aqui abstratamente representadas em conceitos universais e transversais a ambas as contingências, tais como: cheio/vazio, presença/ausência, silêncio/ruído, construção/desconstrução, fôlego/agonia, diluição/saturação, vida/morte.
Trabalhando em torno deste período em que se faz sentir o pesar de uma certa suspensão, desenvolveram-se diversas abordagens de produção plástica que, na sua génese, partem da dimensão bidimensional da pintura, da liquidez do traço, bem como da materialidade gráfica do desenho para, fisicamente, extrapolarem os seus suportes planos (como o papel ou a tela) ganhando uma outra presença corpórea: subordinados a determinados processos de manipulação, estes suportes bidimensionais revelam-se finalmente em obras de carácter híbrido, num processo de transformação ao encontro da sua possível tridimensionalidade.
A série aqui apresentada encerra, assim, o resultado de um processo de saturação em si mesmo, que se materializa a partir da reiteração de gestos, na sobreposição de camadas que se densificam por acumulação nos processos de exaustão das matérias-primas, explorando-se volumetrias em obras que, conceptual e abstratamente, questionam os limites contemporâneos da nossa realidade – aqui metaforicamente espelhada numa produção artística que vagueia entre o universo da Pintura, da Escultura e do Desenho.