Losting Dreams
Projectada para ser contextualizada no espaço público de arranjo pedonal (preferencialmente um parque com zonas verdes e amplas), esta proposta desenvolve-se a partir do conceito da “Geração à Rasca”.
Losting Dreams propõe-se assim como escultura disruptiva que entra subitamente em campo, parecendo aterrar aleatoriamente no lugar interpelando o transeunte. Define-se plasticamente pela materialização de um “avião de papel” de grande escala, pensado para ser contruído em vidro espelhado (semi-transparente, semi-translúcido), representando de modo irónico, um ideal de futuro que a Geração Millennial tende a sentir que se perdeu ou que fracassou.
Neste sentido, esta proposta pretende sobretudo criar um diálogo directo com o observador que, ao aproximar-se da escultura, se revê espelhado num objecto de enorme dimensões que lhe devolve a sua própria imagem. O reflexo do observador na superfície do “avião”, coloca-o no centro do que é observado, no centro do mundo.
Enquanto metáfora daquilo que conduz a projecção dos “sonhos”, o avião de papel, transporta ou incorpora o imaterial do possível e do impossível, aquilo que queríamos que acontecesse, mas que talvez se tenha perdido entretanto, culminando finalmente num retorno à terra.
Losting Dreams, acaba por fazer “reflectir” o observdor naquilo que é o “papel” de cada um de nós na construção de si mesmo, enquanto cidadãos, mas também das cidades, do país, de uma nação, do mundo e do futuro da humanidade, relembrando a responsabilidade social que temos enquanto indivíduos e parte integrante de uma sociedade que sonha, pensa e, idealmente, faz acontecer.